eu me sinto meio sei lá...
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Sei lá. É assim que começo o meu texto hoje. No inverno meio vazio. Acho que o termo meio vazio nem sequer existe. Ou uma coisa está vazia ou não está.  E eu estou. Completamente. Sempre escrevo na terceira pessoa, falando sobre sentimentos e nunca sobre mim. Eu aprendi a não mencionar meu eu, e isso me sufoca. Tenho aprendido que a sociedade molda as pessoas, que deixam de ser quem realmente são para se adequar ao comum. A rotina nos faz esquecer quem somos de verdade e com isso sempre vão aparecendo sintomas do sumiço da nossa identidade. Depressão, frustração, incertezas e medo do amanhã. Eu acho que o maior medo do ser humano é passar pela vida sem que tenha contribuído o mínimo necessário para sua própria felicidade. Ás vezes é complicado ser feliz apenas aos fins de semana, quando normalmente estamos tão cansados que dormir parece um ótimo programa a se fazer. Eu fico pensando como é a vida dessas pessoas que arriscam. Arriscam tudo para ser feliz. Abandonam empregos, abandonam costumes, abandonam muitas vezes suas próprias casas. Eu gostaria de ser assim, talvez eu seja assim e apenas estou reprimida e adormecida dentro do que me tornei.  Não vou esperar até segunda feira, como dietas. Não vou marcar pra mês que vem. Porque ser comum e ordinária, se já não basta esse mundo comum? Já não basta os esteriótipos me dizendo a todo momento quem eu devo lutar para ser? Me dizendo que eu não sou e nunca serei boa o suficiente? Não é isso que quero. Não preciso disso e nem mereço viver nesse limiar entre a loucura e a razão. Dentre todos os sorrisos, gestos, etnias e crenças, não há ninguém no mundo como eu e não posso me deixar anestesiar. Os sonhos ruins devem passar um dia. Pessoas ruins também. É melhor ser apontada pelos dedos dos outros, do que pelos  próprios dedos da nossa mão. Estar certo ou errado é questão de ponto de vista. Não posso deixar que ninguém enxergue por mim!

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